• Marisa Adán Gil
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Foto tirada pela sonda poucos minutos antes de colidir com a Lua (Foto: Divulgação)

Foto tirada pela sonda poucos minutos antes de colidir com a Lua (Foto: Divulgação)

Não teve sucesso o pouso da sonda espacial israelense Beresheet na Lua, previsto para acontecer às 15h40 de hoje, horário de Brasília. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que assistia à tentativa de pouso, disse que o país vai continuar tentando. “Israel vai pousar na Lua”, afirmou. No centro de comando da missão da Space IL, a decepção era total.

Enquanto a sonda se aproximava da Lua, os cientistas perderam o contato com a nave várias vezes. Mas havia esperança de que a conexão fosse restaurada. Alguns minutos antes do horário previsto para o pouso, porém, o contato foi perdido novamente e a sonda se chocou com o satélite.

A notícia surpreendeu aqueles que esperavam um pouso tranquilo após a nave ter conseguido entrar na órbita lunar na semana passada, tornando Israel o sétimo país a conseguir o feito.

O lançamento da sonda Beresheet, realizado no dia 21 de fevereiro, horário de Brasília, foi um marco na história da exploração espacial. Foi a primeira vez que uma nave construída por uma empresa privada mirou a Lua. A iniciativa foi da SpaceIL, de Israel, com investimentos milionários liderados pelo bilionário sul-africano e israelense Morris Kahn. Para essa missão, a companhia israelita contou com a parceria da Space X, que forneceu um Falcon 9 especialmente para a ocasião.

Foi a menor nave não-tripulada a ser lançada para a Lua:com altura de um metro e meio e diâmetro de 2 metros, a Beresheet (o nome significa “Gênesis” em hebraico) pesava 585 kg. Foi ainda uma das mais baratas: custou US$ 100 milhões, contra os bilhões de dólares usualmente gastos em missões governamentais.

Caso o pouso tivesse sido bem-sucedido, Israel se juntaria a um grupo seleto de países que já colocaram uma nave na Lua: Rússia (1966), Estados Unidos (1969) e China (2013). “Temos orgulho de fazer parte dessa visão do espaço que muitos países compartilham, mas que só três conseguiram concretizar até agora. Estamos fazendo história”, disse Morris Kahn, durante entrevista coletiva à imprensa em Tel Aviv.